A cirurgia de feminização de pessoas trans é o nome dado a um conjunto de procedimentos que visa a alterar determinadas características faciais que são convencionalmente atribuídas ao gênero masculino, tornando-as mais próximas àquelas atribuídas ao gênero femino.
Como conta a Dra. Beatriz Medina – cirurgiã plástica – essas intervenções são muito significativas para o processo de afirmação da identidade de gênero e, por isso, é fundamental que haja um diálogo profundo entre médica e paciente quanto às motivações e expectativas em relação à cirurgia. Tal conversa se dá durante as consultas pré-operatórias, quando também são requisitados exames para averiguar se o estado de saúde da paciente é adequado para uma cirurgia segura.
O procedimento pode envolver cirurgia de testa, nariz, maxilar inferior e pescoço. A testa pode ser arredondada e diminuída, através do reposicionamento da região do couro cabeludo e podem ser lixadas proeminências dos ossos, próprias aos contornos masculinos da região superior do rosto. O nariz pode ser modificado, bem como os olhos podem ter suas extremidades elevadas. O queixo e o pescoço (através do lixamento do pomo de adão) também são possíveis componentes da feminização da face.
O pós-operatório envolve curativos, por vezes drenos e algumas semanas de repouso. A paciente pode retornar às atividades cotidianas em aproximadamente três semanas, mas os resultados finais só poderão ser notados após a completa absorção do inchaço, o que pode levar alguns meses.