O carcinoma basocelular (CBC) é o tipo mais comum de câncer de pele e, embora de crescimento lento e raramente metastático, pode infiltrar-se além da lesão visível, causando recidivas e danos, especialmente em áreas sensíveis do corpo. A Dra. Beatriz Medina – cirurgiã plástica – nota que a maior chance de cura está no diagnóstico precoce e tratamento adequado já na primeira intervenção.
A retirada cirúrgica convencional é o método padrão para CBC de baixo risco. Essa técnica utiliza uma margem de segurança de 4 a 5 mm de pele saudável ao redor da lesão, garantindo remoção completa na maioria dos casos, com taxas de recidiva entre 3% e 8%. Após a excisão, o fragmento é examinado ao microscópio para confirmar margens livres, ou seja, ausência de células tumorais nas bordas do tecido removido, o que indica o sucesso do tratamento.
Em lesões de alto risco – aquelas maiores, que voltaram após tratamento, com características mais agressivas ou localizadas em áreas delicadas, como o rosto –, recomenda-se a cirurgia de Mohs. A Dra. Beatriz explica que essa técnica consiste na remoção do tumor em camadas finas e no exame de cada uma delas na mesma hora, garantindo que todo o câncer seja retirado sem remover mais pele do que o necessário. Isso ajuda a preservar o máximo de tecido saudável possível e diminui as chances de o câncer voltar.
A Dra. Beatriz salienta que a escolha do tipo de cirurgia depende do tamanho, da localização e das características do tumor, além das condições do paciente. Antes do procedimento, pode ser necessário fazer exames, suspender alguns medicamentos e evitar o uso de cigarro. O principal objetivo é retirar todo o câncer com segurança e permitir uma boa recuperação, tanto funcional quanto estética, com apoio de outros especialistas, se necessário.