A cirurgia de masculinização para pessoas trans é o nome dado a um conjunto de procedimentos que visam a alterar estruturas faciais de maneira a realçar traços convencionalmente atribuídos ao gênero masculino. Como conta a Dra. Beatriz Medina – cirurgiã plástica -, trata-se de uma cirurgia muito significativa no processo de afirmação da identidade de gênero e, por isso, deve ser realizada após amplo diálogo sobre as motivações e os resultados esperados.
Os procedimentos, que podem ser realizados em associação num mesmo dia ou em etapas, podem envolver alongamento da testa, suavização das maçãs do rosto, mentoplastia de aumento, alteração da mandíbula, rinoplastia de aumento e também a construção de pomo de adão.
As cirurgias que envolvem incisões podem ser complementadas com procedimentos menos invasivos, para realçar os resultados alcançados.
O primeiro passo de qualquer intervenção cirúrgica são as consultas pré-operatórias, nas quais o procedimento é planejado e detalhado, são realizadas marcações e também solicitados exames de rotina para averiguar o estado de saúde geral do paciente. O procedimento, realizado sob anestesia, envolve incisões, posicionadas estrategicamente para deixar cicatrizes discretas. A quantidade de incisões depende das etapas de transformação escolhidas pelo paciente.
O pós-operatório envolve curativos, bandagens e algumas semanas de repouso. Após esse tempo, grande parte dos resultados já serão visíveis, mas os resultados definitivos surgem apenas depois de alguns meses. Importante ressaltar que o corpo humano é uma estrutura dinâmica, sujeita a modificações constantes por diversos motivos. Compreender e aceitar essas transformações é fundamental para a satisfação com qualquer intervenção corporal.